Publicado por: Carlos Bardela – Blog Manual do Cuidador em Saúde e bem esta
Atualizado em: 28 de julho de 2025
Menopausa e climatério: o que esperar dessa fase
A menopausa é um processo natural na vida da mulher, marcando o fim do período reprodutivo. Geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos e vem acompanhada por sintomas incômodos como fogachos, alterações de humor, ganho de peso, insônia e queda da libido. Cerca de 70% das mulheres enfrentam esses desconfortos, que podem durar anos. Felizmente, a terapia de reposição hormonal (TRH) oferece uma opção eficaz para amenizar esses sintomas e melhorar a qualidade de vida.
O que é a terapia de reposição hormonal (TRH)?
A TRH consiste na administração de estrogênio, isolado ou combinado a um progestagênio, para compensar a queda dos hormônios femininos. Essa terapia é considerada a mais eficaz para aliviar os sintomas da peri e pós-menopausa. O tratamento é personalizado, levando em conta o histórico de saúde e as necessidades individuais da mulher.
Quando a reposição hormonal é indicada?
Ela é recomendada para casos de:
- Fogachos intensos
- Ressecamento vaginal e dor nas relações
- Incontinência urinária
- Diminuição da libido
- Oscilações de humor e ansiedade
- Prevenção de osteoporose
Entretanto, nem toda mulher precisa fazer reposição. O ginecologista é o profissional capacitado para avaliar essa necessidade.
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Tipos de reposição hormonal e vias de administração
A TRH pode ser feita por:
- Via oral (comprimidos)
- Via transdérmica (adesivos ou gel aplicado na pele)
- Via vaginal (cremes ou óvulos, para sintomas locais)
A escolha depende do perfil clínico da paciente. Por exemplo, mulheres com risco cardiovascular elevado costumam se beneficiar da via transdérmica, que tem menos impacto metabólico.
Reposição hormonal é segura para todas as mulheres?
Nem todas. A TRH é contraindicada para mulheres com histórico de:
- Câncer de mama ou endométrio
- Tromboembolismo
- Doenças hepáticas graves
- AVC ou infarto
Mesmo em casos de patologias como diabetes, hipertensão e obesidade, a TRH pode ser utilizada com ajustes. Por isso, a avaliação ginecológica é indispensável.
A TRH aumenta o risco de câncer?
Estudos mostram que o risco é pequeno: menos de 1 caso por 1.000 mulheres ao ano. No entanto, fatores como histórico familiar, mutações genéticas e tempo de uso podem elevar esse risco. A individualização do tratamento é essencial.
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Benefícios adicionais da reposição hormonal
- Melhora da lubrificação e da libido
- Redução do risco de osteoporose
- Manutenção da massa muscular
- Estimulação da memória e cognição
- Aumento do colágeno e firmeza da pele
Efeitos colaterais mais comuns
Algumas mulheres relatam:
- Dor nas mamas
- Inchaço e retenção de líquido
- Sangramento irregular
- Dor de cabeça e náuseas
Na maioria dos casos, ajustar a dose ou a via de administração resolve o problema.
Quando iniciar a reposição hormonal?
O momento ideal é a transição menopáusica ou os primeiros anos após a menopausa. Essa fase, chamada “janela de oportunidade”, é quando os benefícios são maiores e os riscos, menores.
Quanto tempo dura o tratamento?
Não há um tempo fixo. A duração depende da resposta aos sintomas, dos riscos pessoais e das preferências da paciente. Em geral, a recomendação é reavaliar anualmente junto ao ginecologista.
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Conclusão: TRH é qualidade de vida
A reposição hormonal, quando bem indicada e acompanhada, transforma a experiência da menopausa. Além de reduzir sintomas incômodos, contribui para a saúde óssea, emocional e sexual da mulher.
Se você está nessa fase ou conhece alguém que esteja, compartilhe este artigo. Informar-se é o primeiro passo para cuidar melhor de si mesma.

















