Dia dos Avós: Como o Amor Entre Gerações Protege a Saúde Mental na Terceira Idade

Uma idosa sorridente ao lado de seus netos — transmite afeto, vitalidade e conexão entre gerações.

Publicado por: Carlos Bardela – Blog Manual do Cuidador em Cuidado Geral

Atualizado em: 27 de julho de 2025

Histórias reais e evidências científicas mostram a importância dos vínculos familiares para o bem-estar dos idosos

Em um mundo em constante transformação, os avós continuam sendo pilares de afeto, experiência e acolhimento. O Dia dos Avós, comemorado em 26 de julho, é mais do que uma homenagem — é uma oportunidade de reconhecer o papel fundamental dessas figuras na saúde emocional da família.

Um exemplo inspirador é o de Dona Natercia, de 88 anos, que criou seus netos como filhos e, com isso, fortaleceu ainda mais seus laços afetivos e sua vitalidade. Sua história revela como a convivência familiar pode proteger a saúde cognitiva dos idosos e inspirar gerações mais jovens.


Laços de afeto fortalecem o cérebro e o coração

Diversos estudos científicos comprovam que o convívio familiar ativo reduz riscos de demência, depressão e doenças cardiovasculares na terceira idade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o isolamento social afeta 1 em cada 4 adultos, elevando em até 50% o risco de doenças neurológicas e em 30% o risco de infarto.

Segundo o geriatra Roni Mukamal, “o cérebro funciona como um músculo: quanto mais o estimulamos, mais ele se fortalece”. Isso não ocorre apenas com leitura ou atividades intelectuais, mas também por meio de interações sociais significativas. Conversar, partilhar experiências e conviver com pessoas de diferentes gerações estimula a mente e fortalece o senso de pertencimento.


Amor que atravessa gerações: o caso de Dona Natercia

Dona Natercia assumiu a criação de seus netos quando já tinha mais de 60 anos. Hoje, aos 88, continua ativa, dirige, se exercita e vive com autonomia. “Voltei a ser mãe com muito amor e carinho”, conta. Seu neto, Adelson, reconhece a influência dessa convivência: “Ser criado por ela me trouxe valores de independência e força.”

Essa troca entre avós e netos é extremamente rica. Além de preservar tradições e histórias, ela permite que os idosos acompanhem as transformações da sociedade, da tecnologia e dos costumes, mantendo-se atualizados e engajados.

🔗 Leia também: A importância do convívio intergeracional na saúde do idoso


Companhia e autonomia: o equilíbrio ideal

Embora os idosos possam precisar de ajuda, é essencial respeitar sua independência. O cuidado não deve anular sua autonomia. Segundo o especialista, “o idoso não é uma criança — ele já viveu muita coisa e deve ter sua vontade considerada”.

Adelson e Caterina, por exemplo, acompanham a avó em compromissos e tarefas, mas sem limitar sua liberdade. “Ela ainda cuida mais da gente do que nós dela”, brinca Adelson.

Pequenas atitudes que equilibram apoio e independência:

  • Ofereça ajuda antes que o idoso peça;
  • Crie rotinas de convivência, como visitas regulares;
  • Respeite o tempo e os limites do idoso;
  • Encoraje a autonomia nas atividades do dia a dia.

Vínculos familiares: um remédio emocional

Estudos como o publicado na revista Nature Mental Health revelam que a solidão pode aumentar em 31% o risco de demência. Em contrapartida, a presença da família promove bem-estar, alegria e longevidade.

Portanto, manter contato com os avós — mesmo que por chamadas de vídeo, almoços em família ou simples mensagens — é uma forma poderosa de cuidado e amor. É também uma maneira de preservar a memória, a cultura e os laços afetivos.


Conclusão

Celebrar o Dia dos Avós vai além de flores ou mensagens carinhosas. É reconhecer que os laços entre gerações são essenciais para a saúde mental e emocional. Quando cuidamos de nossos avós com carinho e presença, estamos, ao mesmo tempo, aprendendo com sua sabedoria e promovendo longevidade com dignidade.

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